Cosud: polícias militares do Sul e Sudeste criam Estado-Maior Integrado
Iniciativa tem objetivo de fortalecer o combate ao crime organizado e a eficiência na gestão das corporações
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Nesta semana, o Rio Grande do Sul recebeu a 10ª reunião do Consórcio de Integração Sul-Sudeste (Cosud). Durante as atividades da manhã da sexta-feira (1º/3), foi criado um Estado-Maior Integrado entre as polícias militares das duas regiões, dentro de um Pacto para Segurança Pública firmado entre os Estados integrantes do Cosud. A iniciativa foi formalizada durante encontro dos comandantes-gerais das PMs, na Universidade Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), em Porto Alegre.
O Estado-Maior Integrado será formado por oficiais de todas as seis polícias militares (Espirito Santo, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina) e da Brigada Militar (Rio Grande do Sul). A decisão tem como objetivo fomentar a integração entre as corporações, com foco em ações conjuntas de inteligência, gestão, marketing, qualificação, transferência tecnológica e alinhamento estratégico, tático e operacional. Ao todo, as sete polícias compõem um efetivo de mais de 240 mil policiais militares e 40 mil viaturas.
Pacto para Segurança Pública
O Pacto Regional para Segurança Pública e Enfrentamento ao Crime Organizado propõe a criação do Gabinete Integrado de Inteligência de Segurança Pública (GIISP), visando ao compartilhamento pelos sete Estados de informações de inteligência para enfrentamento ao crime organizado. O documento prevê também o compartilhamento de cursos de capacitação para qualificar as investigações policiais, aquisições conjuntas de ferramentas e equipamentos tecnológicos e a propostas de alterações legislativas que promovam o endurecimento das punições.
O pacto propõe cinco mudanças legislativas: restringir as chamadas saidinhas, ou seja, as saídas temporárias de presos; tornar qualificado o crime de homicídio quando praticado por organização criminosa; revisar os requisitos para liberdade provisória no caso de crimes graves; permitir acesso pelas forças policiais às informações de monitoramento eletrônico; e definir melhor o que constitui fundada suspeita para auxiliar os policiais na realização de abordagens.
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Texto: Juliana Dias/Secom, Ícaro Ferreira/comunicação social BM e estagiária Stéfani Moraes/comunicação social BM;
Edição: jornalista Ícaro Ferreira/comunicação social BM;