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Patrono do 3º BPM

Ten-Cel Travassos
Patrono do 3º BPM - Ten-Cel Travassos

TEN-CEL ARTHUR OCTAVIANO TRAVASSOS ALVES

Nasceu na cidade de Porto Alegre, no dia 21 de dezembro de 1887. Então 2º Ten do Exército Brasileiro, veio para servir nas fileiras da Brigada Militar na qualidade de Instrutor Militar, em 05 de dezembro de 1917. Desde o seu ingresso na instituição, o Ten-Cel Travassos, pela extraordinária concentração no trabalho, granjeou uma maior consideração de seus chefes, camaradas e subordinados que lhe votavam, sem distinção, verdadeira estima. Era um homem culto, além dos conhecimentos militares. Diplomou-se Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais na Faculdade Livre de Direito de Porto Alegre, em 1923.

Nos momentos difíceis porque atravessou o estado em 1923, conturbado por movimentos revolucionários, o Ten-Cel Travassos conduziu-se com inabalável firmeza, prestigiando a ação dos poderes constituídos do Estado. Em julho de 1924, comissionado no posto de Ten-Cel, embarcou para São Paulo, comandando o 2º Btl de Tropa da Brigada Militar, que ali foi atuar contra revolucionários que estavam de posse daquela capital. Conduziu seu batalhão com bravura e ardor cívico nas cruentes e memoráveis pelejas e, especialmente, nos combates de 25 de julho e de 04 de setembro, em Santo Anastácio, no sertão do Estado Grande, em que pessoalmente,  peito descoberto, em lances de bravura indômita dos nossos guerreiros do passado, conduziu seus valorosos soldados à vitória, em cargas arrojadas, pelo ímpeto de baionetas, a mortífera artilharia do inimigo.

Regressado de São Paulo, nos últimos dias de setembro de 1924, assumiu o comando de um Grupo de Batalhões de Forças Auxiliares, constituídas dos corpos 8º e 9º, que teve por missão guarnecer a fronteira do estado com o de Santa Catarina, com o fim de evitar uma possível incursão dos rebeldes foragidos de São Paulo.

Quando sua tropa já estava além de Palmeira, recebeu ordem de voltar e permanecer em Tupanciretã, incorporado de ao destacamento ao Comando do Coronel de Exército Francisco Cezar de Vasconcellos, para guarnecer esta zona, em virtude de rebelião que estourou no estado, em 30 de outubro referido.

Atacada a localidade, na madrugada de 02 de dezembro, por numerosa coluna rebelde, mais uma vez demonstrou sua inquebrável energia e tenacidade. Este oficial suplantou com verdadeira resignação aquela penosa cruzada desde o sertão de Fortaleza a Barracão, nos estados de Santa Catarina e Paraná, exposto aos maiores sacrifícios e privações.

Em Maria Preta, Santa Catarina, num brilhante e arrojado ataque de frente, debaixo de violentíssimo fogo, tomou e ocupou a forte posição inimiga, após uma hora de luta. Com a retirada do comandante por motivo de saúde, assumiu o Ten-Cel Travassos o comando do destacamento naquele estado, se conservando até o recolhimento, em julho de 1925.

Em dezembro de 1925 partiu para as longínquas e inóspitas regiões do nordeste, prestava mais este relevante serviço à Pátria de que era dileto, quando a morte o colheu, já em véspera de regresso ao nosso estado e após as agruras de uma penosa campanha, que se estendeu aos estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Pernambuco. Noutra fase de atividade no preparo intelectual de Oficiais e Inferiores, também muito lhe deve a Força Estadual, pois o Ten-Cel Travassos regia várias disciplinas do Curso de Preparação Militar.

O Ten-Cel Travassos verificou Praça no Exército em 12 de setembro de 1901 e tinha o curso de Cavalaria e Infantaria pelo regulamento de 1905. Faleceu em 03 de maio de 1926, em Petrolina, no Estado de Pernambuco, no comando do Grupo de Batalhão de Caçadores.

 

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