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Brigada Militar concede Medalha Cruz de Ferro ao neto do Coronel Afonso Emílio Massot

A homenagem solene marcou o centenário de falecimento do Patrono da Instituição

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Militares e membros do Conselho Superior da BM formam um semicírculo. No centro está o quadro com a imagem do Coronel Massot e o neto e o bisneto, um de cada lado do Patrono da Instituição.
Autoridades militares presentes na homenagem solene à memória do Patrono da Brigada Militar - Foto: Sd PM Renan/PM5

A Brigada Militar realizou uma homenagem solene à memória do Patrono da Instituição, coronel Afonso Emílio Massot, alusiva ao centenário de falecimento, completo nesta terça-feira (21/10). O neto e o bisneto do Patrono, compareceram ao Salão Nobre do Quartel do Comando-Geral da Brigada Militar, onde foram prestigiados por autoridades militares.

Os três homens estão em pé e em frente ao quadro de parede com a imagem do Patrono da BM
Coronel PM Douglas entre o neto Affonso Massot e o bisneto Affonso Carlos Massot - Foto: Sd PM Renan/PM5

O Subcomandante-Geral, coronel PM Douglas da Rosa Soares, que responde pelo Comando da Corporação, e o Chefe do Estado-Maior da Brigada Militar, coronel PM Luigi Gustavo Soares Pereira, fizeram a entrega da Medalha Cruz de Ferro da Brigada Militar, que reconhece ações de excepcional mérito, ao neto do Patrono, Affonso Emílio de Alencastro Massot, 81 anos. Na sequência, seu filho e bisneto do Patrono, Affonso Carlos de Arruda Botelho de Alencastro Massot, 37 anos, recebeu uma Moeda da Brigada Militar como lembrança. 

A homenagem solene também foi marcada pela doação da pena de escrever, que carrega as iniciais do Coronel Massot, para a Brigada Militar. O neto do Patrono destacou que o objeto de ouro tem a forma de um ramo de oliveira, o símbolo da paz. Disse, também, que seu avô recebeu a honraria em 1896 por feitos em favor da pacificação do Rio Grande do Sul. “Falam do meu avô como um herói, eu acho que ele foi fundamentalmente um pacificador, e conseguiu pacificar, como na Revolução de 1923,” asseverou Affonso Emílio de Alencastro Massot, herdeiro também deste traço, além da aparência física, que o fez tornar-se diplomata. “Eu tenho um sentimento de quem gosta de resolver os problemas, de dialogar; diplomacia é diálogo, através do diálogo consegue-se muita coisa,” afirmou.

Todos em pé, em frente a uma mesa, na qual estão dispostos livros antigos. O neto do Patrono folheia o Álbum comemorativo aos 30 anos da Instituição.
Coronel PM Douglas e Coronel Jerônimo mostram obras do Museu ao neto e ao bisneto do Patrono da Brigada Militar - Foto: Sd PM Renan/PM5

Após a homenagem solene, neto e bisneto do Patrono da Brigada Militar, que residem em São Paulo atualmente, visitaram o Museu da Brigada Militar, guiados pelo eterno comandante-geral, coronel PM Jerônimo Carlos Santos Braga, 96 anos, que mostrou obras e objetos históricos relacionados ao Coronel Massot e que estão disponíveis para visitação e pesquisa. Entre eles, destaca-se o “Álbum Comemorativo do 30o aniversário de criação” da Brigada Militar, que foi realizado pelo Coronel Massot e traz o panorama da Instituição por meio de ricas imagens de fotografias. Além desse, a primeira edição, de 1920, da obra “O novo oficial de infanteria na guerra, o que deve fazer”, uma tradução do francês feita pelo próprio Coronel Massot, autografada.

Descendentes do Patrono

Os herdeiros do ilustre antepassado, ainda conferiram no Museu, a mesa de gabinete e a espada oficial utilizada pelo Patrono da Brigada Militar. “Meu pai nos transmitiu uma total admiração pelo meu avô. Na minha visão, ele foi um homem enérgico, sério, mas também foi muito amoroso com a família. Infelizmente, faleceu muito cedo, aos 60 anos,” disse o diplomata aposentado. Nascido no Rio de Janeiro, contou que seu pai, João Batista, mudou-se para a então capital do Brasil em 1927. Formou-se em Direito, atuou em órgãos federais e, por fim, tornou-se tabelião. Foi pai de uma menina e de um menino.

Affonso Emílio, que representou o Brasil nas Embaixadas de dez países, tem três filhos e uma filha. Pela primeira vez no Rio Grande do Sul, tem na agenda visitas com seu filho, Affonso Carlos, à casa que foi do avô, situada no bairro Menino Deus, ao jazigo e à Academia de Polícia de Porto Alegre.

Texto: jornalista Eliege Fante, servidora civil na PM5/BM

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